quarta-feira, 9 de março de 2016

Falcão (jogador de futsal)

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Falcão
Falcão
Falcão na premiação da medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2007.
Informações pessoais
Nome completoAlessandro Rosa Vieira
Data de nasc.8 de junho de 1977 (38 anos)
Local de nasc.São Paulo (SP),  Brasil
Altura1,77 m
Canhoto
ApelidoFalcãoRei do Futsal
Informações profissionais
Clube atualBrasil Brasil Kirin
Brasil Vasco
Número12
PosiçãoAla
Clubes de juventude
19891991
19921993
Brasil Guapira
Brasil Corinthians
Clubes profissionais
AnosClubesJogos e gol(o)s
1993–1996
1999
1999–2000
2000–2001
2001–2002
2003–2004
2005–2010
2011–2012
2012–2013
2014–2015
2015–
Brasil Corinthians
Brasil Atlético Mineiro
Brasil Banespa
Brasil Jaraguá
Brasil São Paulo
Brasil Jaraguá
Brasil Santos
Brasil Orlândia
Brasil Brasil Kirim
Brasil Vasco
Brasil Brasil Kirin
132 (189)
38 (45)
30 (38)
29 (38)
32 (39)
51 (70)
62 (97)
13 (0)
168 (220)
28 (36)
48 (66)
Seleção nacional3
1998–2015 [1]Brasil Brasil213 (355)
Copas do Mundo FIFA de Futsal
PrataCopa do Mundo de FutsalGuatemala - 2000
BronzeCopa do Mundo de FutsalChina Taipei - 2004
OuroCopa do Mundo de FutsalBrasil - 2008
OuroCopa do Mundo de FutsalTailândia - 2012
Jogos Pan-Americanos
OuroRio de Janeiro 2007Futsal
Copas América de Futsal
OuroCopa América de FutsalBrasil - 2000
PrataCopa América de FutsalParaguai - 2003
OuroCopa América de FutsalUruguai - 2008
OuroCopa América de FutsalArgentina - 2011


3 Partidas e gols da seleção nacional estão atualizados
até 25 de Dezembro de 2015.
Alessandro Rosa Vieira, mais conhecido como Falcão, (São Paulo8 de junho de 1977), é um jogador brasileiro de futsal que atua como ala. Atualmente joga pela equipe do Brasil Kirin Futsal, e atua pelo Vasco da Gama no futebol 7.
Entre as conquistas mais marcantes de sua carreira, estão: Medalha de Ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio, Bi-campeonato Mundial com a Seleção Brasileira (em 4 participações).
Por 4 vezes (2004, 2008, 2011 e 2012), Falcão foi eleito pela FIFA como o melhor jogador de futsal do mundo[2] (único a ter sido eleito mais de 3 vezes). Em 2008, ele foi o escolhido para inaugurar a Calçada da Fama do Maracanãzinho[3] .
Além disso, com o gol feito diante do Panamá, na Copa do Mundo de Futsal de 2012, que foi o seu 337º gol pela Seleção Brasileira, ele superou o ex-futebolista de areia Neném e se tornou o maior artilheiro mundial de todas as seleções de esportes ligados ao futebol.[4] [5]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Filho de pai açougueiro, Alessandro Rosa Vieira passou sua infância e adolescência no bairro Parque Edu Chaves, na zona norte de São Paulo.
Herdou o apelido - Falcão - do seu pai, João Eli Vieira, famoso nos campos de várzea da Zona Norte de São Paulo, João era conhecido como Falcão pela semelhança na aparência com o ex-jogador de futebol de campo Paulo Roberto Falcão, que jogou no Internacional de Porto Alegre e na Seleção Brasileira.
Cquote1.svg"Meu pai ganhou esse apelido - Falcão - quando ele jogava futebol de várzea em São Paulo. Diziam que ele tinha o mesmo estilo de jogo do Paulo Roberto Falcão e, por eu acompanhá-lo com frequência quando era moleque, as pessoas me chamavam de Falcãozinho. E o apelido acabou pegando.[6]Cquote2.svg
— Falcão, sobre seu apelido

Futsal[editar | editar código-fonte]

Cquote1.svg"Com 12 anos, o pai de um amigo meu começou a jogar em um clube chamado Guapira, e me chamou para fazer um teste lá. Eu relutei, relutei, mas depois de um tempo acabei indo. Fui federado pela primeira vez de 13 pra 14 anos. Nunca joguei em escolinha, nunca participei de nada disso. A minha escolinha foi mesmo a rua, a escola. E foi assim que aconteceu."[7]Cquote2.svg
Falcão
Iniciou sua carreira no futsal defendendo o Clube de Campo Associação Atlética Guapira no ano de 1991, clube da Zona Norte de São Paulo. Mas sua estréia no futsal profissional só veio a acontecer mesmo em 1994. Em seu primeiro ano do juvenil ele foi chamado para jogar na equipe adulta.
Em mais de duas décadas, Falcão jogou por 11 clubes de futsal, além de uma passagem curta pelo futebol de campo, quando vestiu as cores do São Paulo, em 2005. Nesse período, o ala faturou quase 100 títulos entre clubes e seleção brasileira, além de mais de 60 premiações individuais[8] .
Em 2012, um dos lances mais genais do craque aconteceu em um jogo festivo, em dezembro. Atuando por um combinado de ex-jogadores do Atlético-MG contra uma seleção de estrelas, em Belo Horizonte, Falcão marcou um gol antológico de lambreta em cobrança de falta ensaiada com Manoel Tobias. O goleiro adversário era o experiente Lavosier que ficou completamente sem reação. Apesar de ter sido marcado em um amistoso, Falcão reconhece esse gol como um dos mais bonitos da carreira.

Seleção Brasileira de Futsal[editar | editar código-fonte]

Falcão foi convocado pela primeira vez para a Seleção brasileira em 1998. herdou a camisa 12 de Vander Iacovino, ex-capitão da equipe[9] .

Copas do Mundo[editar | editar código-fonte]

Cquote1.svg"Como carreira, o meu ponto baixo foi a perda dos Mundiais de 2000 e 2004. Era uma mudança de geração e a minha geração chegou perdendo dois títulos mundiais. Em 2004, embora eu tenha ganho o prêmio de melhor jogador do mundo pela primeira vez, me deu um peso muito grande por não ter um título mundial."[8]Cquote2.svg
Falcão
Em 2000, 2 anos depois de sua primeira convocação, Falcão teve sua primeira participação em Copas do Mundo. No Mundial disputado na Guatemala, a Seleção Brasileira levou o vice-campeonato da competição.
Em 2004, mesmo com Falcão sendo eleito pela FIFA como o Melhor Jogador do torneio - o que lhe renderia, ao final do ano, o prêmio de Melhor Jogador de Futsal do Ano - o Brasil conquistou a medalha de bronze. Na semi-final, contra a Espanha, Falcão fez uma jogada antológica. Marcado por 3 jogadores, ele deu 3 dribles nos 3, e, após dribla-los, deu um chute cruzado rasteiro, que passou raspando a trave[10] .
Em 2008, na sua terceira participação, o craque repetiu o feito e foi eleito novamente o Melhor Jogador do torneio - e, posteriormente, o Melhor do Ano - Falcão conquistou seu primeiro título da Copa do Mundo.
Em 2012, o Mundial disputado na Tailândia, foi o quarto disputado pelo Falcão. Porém, durante todo o campeonato, o jogador sofreu com lesões e até com uma paralisia facial. A paralisia facial ocorreu em decorrência de um estresse, pois poucos dias antes do Mundial, Falcão sofreu uma lesão na panturrilha esquerda, e quase foi cortado[11] .
Por conta da lesão, ele participou de apenas 37 minutos, ao todo, de toda a competição, e marcou 4 gols.
Contudo, mesmo atuando no sacrifício, ele foi decisivo em boa parte dos jogos. Seu 1º gol na competição, marcado contra o Panamá pelas oitavas de final, foi o gol de n.337 pela Seleção Brasileira, que tornou Falcão o “Maior Artilheiro de Todas as Seleções Brasileiras”, incluindo campo, areia e futsal[4] .
Contra a Argentina, pelas quartas de final, Falcão entrou quando o Brasil perdia de 2 a 1. Falcão fez os 2 gols que selaram o placar em 3x2 para a Seleção Brasileira. Após o jogo, Falcão caiu em prantos.[12] Já no Brasil, ficou constatado por uma junta médica que, apesar de uma recuperação satisfatória, Falcão deveria iniciar, para evitar quaisquer tipos de sequela, um tratamento de quatro meses contra o distúrbio.[13]
Seu 4º e último gol no Mundial foi ainda mais decisivo. Na final, o Brasil perdia para a Espanha por 2 a 1 e faltando 3 minutos para acabar o jogo, Falcão fez o gol do empate (num chutaço no ângulo), levando a partida para a prorrogação. No tempo-extra, Neto decide o jogo, vencendo os Espanhóis por 3 a 2.

Outras Conquistas[editar | editar código-fonte]

No ano de 2007, Falcão ajudou a Seleção Brasileira a conquista a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos no Rio, que teve pela primeira - e única - vez a participação do futsal. Ele foi o grande destaque da competição, terminando como artilheiro, com sete gols[9] .
Em 2011, em Manaus, Brasil e Rússia decidiam o Grand Prix de Futsal em uma partida bastante disputada e com poucas chances de gol para os dois lados. O placar apontava 1 a 1 no fim da prorrogação, e a decisão caminhava para os pênaltis, até Falcão surpreender o goleiro brasileiro naturalizado russo, Gustavo, com um golpe de peito na bola, e fazer o gol do título.

Boicote[editar | editar código-fonte]

No início de 2014, Falcão liderou um movimento dos principais jogadores da seleção brasileira contra a então gestão da Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS).
O racha dentro da confederação teve como estopim a crise financeira da entidade, impedida de assinar contratos de patrocínio com empresas estatais porque o balanço de 2013 foi reprovado[14] .
Após nove meses afastado, Falcão retornou a seleção em setembro, numa partida amistosa realizada no Estádio Mané Garrincha. 56 mil torcedores acompanharam à vitória do Brasil sobre a Argentina. Esta partida entrou para a história por ter tido o maior público da história do futsal[15] .

Experiência em Outras Modalidades[editar | editar código-fonte]

Futebol de Campo[editar | editar código-fonte]

Cquote1.svg"Foi uma experiência bacana. Fui campeão paulista e da Libertadores, mas por opção, por não estar jogando e pelas propostas para voltar pro futsal, acabei retornando. Não me arrependo. Tinha tudo para dar certo, mas eu sou muito bem resolvido quanto a isso. Tive um contrato de 3 anos na mesa para assinar, mas eu abri mão para fazer o que eu acho que nasci para fazer que é jogar futsal".[16]Cquote2.svg
— Falcão, em uma entrevista dada ao programa "Agora é Tarde", da TV Bandeirantes, em 2012
Em 1991, no período em que passou pela base da equipe de Futsal do Corinthians - onde jogou por cinco anos - Falcão passou sete vezes pelo futebol de campo, onde ficava dois ou três meses e acabava voltando ao futsal, sua verdadeira paixão[9] .
Em 2001, com 23 anos, a pedido de Ademir da Guia, que o indicou para a diretoria do Palmeiras, Falcão foi aceito para um período de testes. Após alguns treinamentos, ele atuou durante 59 minutos, até sair de campo com cãibras, do jogo-treino em que o Palmeiras foi derrotado por 2x1 para o Flamengo de Guarulhos[17] . No primeiro dos dois tempos de 35 minutos, Falcão atuou no ataque, pelo lado esquerdo. De costas para os zagueiros, o jogador pouco apareceu. Pegou dez vezes na bola, deu oito passes certos e foi desarmado em duas oportunidades. Na segunda etapa, Falcão passou a atuar como meia-esquerda e seu desempenho foi muito melhor. Além de ter feito o gol do Palmeiras, o jogador se movimentou bastante, criou jogadas e deu dribles desconcertantes nos adversários[18] . Depois, ele participou de mais um jogo teste, no qual marcou mais 1 gol. Apesar dos elogios dos jogadores e do coordenador de futebol do clube, Falcão não chegou a receber uma resposta concreta do clube[19] , que pediu mais tempo para sua adaptação aos gramados[20] . Assim, o atleta retornou ao clube de Futsal do Banespa, com o qual tinha vínculo, à época[19] .
Em 2002, foi a vez de tentar a sorte na Portuguesa de Desportos, mas acabou não dando certo. O jogador alegou “ciumeira” por parte de dirigentes que não o queriam lá e acabou deixando o clube[21] .
São Paulo Futebol Clube[editar | editar código-fonte]
Em 2005, através de um plano ousado de marketing da diretoria tricolor, Falcão foi contratado pelo então presidente do São Paulo, Marcelo Portugal Gouvêa, que o contratou mesmo sem o aval do treinadorÉmerson Leão.
Falcão fez sua estréia no futebol de campo no dia 20 de janeiro de 2005 (exatamente um ano depois da morte de seu pai, cujo sonho sempre foi ver o filho jogando futebol de campo). O São Paulo vencia o Ituano, pela primeira rodada do Campeonato Paulista, por 3 a 1, quando o treinador Emerson Leão colocou Falcão em campo no lugar de Diego Tardelli. Em apenas oito minutos em campo, Falcão aprontou algumas: Seu primeiro toque na bola foi um lindo passe, de primeira, para Grafite ficar cara a cara com o gol, e perder um gol feito. Em seguida, um toque de calcanhar. Depois, quase marcou um golaço em chute da entrada da área - o goleiro André Luis defendeu[22] .
A única partida como titular veio em 17 de abril, contra o Mogi Mirim. Começou jogando no ataque, ao lado de Grafite, mas saiu no intervalo para a entrada de Vélber[22] . Por sinal, esta foi sua última partida como atleta do São Paulo.
Porém, sua passagem pelo campo foi breve. Apesar de ter atuado apenas 13 vezes com a camisa tricolor, e de ter ficado pouco mais de 6 meses no clube, seu nome consta nos registros como campeão paulista e campeão da Copa Libertadores daquele ano.
Falcão retornou as quadras para defender a equipe Malwee/Jaraguá, de Jaraguá do Sul.
Após deixar o São Paulo, Falcão convocou uma coletiva em um bar no bairro de Santana, na Zona Norte de São Paulo. Criticou asperamente Émerson Leão. Em uma de suas colocações, afirmou que às vezes o técnico é "paizão" e defende o jogador na imprensa, mas cobra no vestiário. No seu caso, isso não ocorreu. Cobrou-se na imprensa e no vestiário não se falou nada. No entanto, elogiou a postura da direção do clube, que chegou até a lhe propor a renovação de contrato por mais dois anos[23]

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