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Entre as conquistas mais marcantes de sua carreira, estão: Medalha de Ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio, Bi-campeonato Mundial com a Seleção Brasileira (em 4 participações).
Filho de pai açougueiro, Alessandro Rosa Vieira passou sua infância e adolescência no bairro Parque Edu Chaves, na zona norte de São Paulo.
| "Meu pai ganhou esse apelido - Falcão - quando ele jogava futebol de várzea em São Paulo. Diziam que ele tinha o mesmo estilo de jogo do Paulo Roberto Falcão e, por eu acompanhá-lo com frequência quando era moleque, as pessoas me chamavam de Falcãozinho. E o apelido acabou pegando.[6] |
— Falcão, sobre seu apelido
|
| "Com 12 anos, o pai de um amigo meu começou a jogar em um clube chamado Guapira, e me chamou para fazer um teste lá. Eu relutei, relutei, mas depois de um tempo acabei indo. Fui federado pela primeira vez de 13 pra 14 anos. Nunca joguei em escolinha, nunca participei de nada disso. A minha escolinha foi mesmo a rua, a escola. E foi assim que aconteceu."[7] |
—Falcão
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Iniciou sua carreira no
futsal defendendo o
Clube de Campo Associação Atlética Guapira no ano de 1991, clube da Zona Norte de São Paulo. Mas sua estréia no futsal profissional só veio a acontecer mesmo em 1994. Em seu primeiro ano do juvenil ele foi chamado para jogar na equipe adulta.
Em mais de duas décadas, Falcão jogou por 11 clubes de futsal, além de uma passagem curta pelo futebol de campo, quando vestiu as cores do São Paulo, em 2005. Nesse período, o ala faturou quase 100 títulos entre clubes e seleção brasileira, além de mais de 60 premiações individuais
[8] .
Em 2012, um dos lances mais genais do craque aconteceu em um jogo festivo, em dezembro. Atuando por um combinado de ex-jogadores do Atlético-MG contra uma seleção de estrelas, em Belo Horizonte, Falcão marcou um gol antológico de lambreta em cobrança de falta ensaiada com Manoel Tobias. O goleiro adversário era o experiente Lavosier que ficou completamente sem reação. Apesar de ter sido marcado em um amistoso, Falcão reconhece esse gol como um dos mais bonitos da carreira.
Falcão foi convocado pela primeira vez para a Seleção brasileira em 1998. herdou a camisa 12 de
Vander Iacovino, ex-capitão da equipe
[9] .
| "Como carreira, o meu ponto baixo foi a perda dos Mundiais de 2000 e 2004. Era uma mudança de geração e a minha geração chegou perdendo dois títulos mundiais. Em 2004, embora eu tenha ganho o prêmio de melhor jogador do mundo pela primeira vez, me deu um peso muito grande por não ter um título mundial."[8] |
—Falcão
|
Em 2000, 2 anos depois de sua primeira convocação, Falcão teve sua primeira participação em Copas do Mundo. No Mundial disputado na Guatemala, a Seleção Brasileira levou o vice-campeonato da competição.
Em 2004, mesmo com Falcão sendo eleito pela FIFA como o Melhor Jogador do torneio - o que lhe renderia, ao final do ano, o prêmio de Melhor Jogador de Futsal do Ano - o Brasil conquistou a medalha de bronze. Na semi-final, contra a Espanha, Falcão fez uma jogada antológica. Marcado por 3 jogadores, ele deu 3 dribles nos 3, e, após dribla-los, deu um chute cruzado rasteiro, que passou raspando a trave
[10] .
Em 2008, na sua terceira participação, o craque repetiu o feito e foi eleito novamente o Melhor Jogador do torneio - e, posteriormente, o Melhor do Ano - Falcão conquistou seu primeiro título da Copa do Mundo.
Por conta da lesão, ele participou de apenas 37 minutos, ao todo, de toda a competição, e marcou 4 gols.
Contudo, mesmo atuando no sacrifício, ele foi decisivo em boa parte dos jogos. Seu 1º gol na competição, marcado contra o Panamá pelas oitavas de final, foi o gol de n.337 pela Seleção Brasileira, que tornou Falcão o “Maior Artilheiro de Todas as Seleções Brasileiras”, incluindo campo, areia e futsal
[4] .
Contra a
Argentina, pelas quartas de final, Falcão entrou quando o Brasil perdia de 2 a 1. Falcão fez os 2 gols que selaram o placar em 3x2 para a
Seleção Brasileira. Após o jogo, Falcão caiu em prantos.
[12] Já no Brasil, ficou constatado por uma junta médica que, apesar de uma recuperação satisfatória, Falcão deveria iniciar, para evitar quaisquer tipos de sequela, um tratamento de quatro meses contra o distúrbio.
[13]
Seu 4º e último gol no Mundial foi ainda mais decisivo. Na final, o Brasil perdia para a Espanha por 2 a 1 e faltando 3 minutos para acabar o jogo, Falcão fez o gol do empate (num chutaço no ângulo), levando a partida para a prorrogação. No tempo-extra, Neto decide o jogo, vencendo os Espanhóis por 3 a 2.
No ano de 2007, Falcão ajudou a Seleção Brasileira a conquista a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos no Rio, que teve pela primeira - e única - vez a participação do futsal. Ele foi o grande destaque da competição, terminando como artilheiro, com sete gols
[9] .
Em 2011, em Manaus, Brasil e Rússia decidiam o Grand Prix de Futsal em uma partida bastante disputada e com poucas chances de gol para os dois lados. O placar apontava 1 a 1 no fim da prorrogação, e a decisão caminhava para os pênaltis, até Falcão surpreender o goleiro brasileiro naturalizado russo, Gustavo, com um golpe de peito na bola, e fazer o gol do título.
O racha dentro da confederação teve como estopim a crise financeira da entidade, impedida de assinar contratos de patrocínio com empresas estatais porque o balanço de 2013 foi reprovado
[14] .
Após nove meses afastado, Falcão retornou a seleção em setembro, numa partida amistosa realizada no
Estádio Mané Garrincha. 56 mil torcedores acompanharam à vitória do Brasil sobre a Argentina. Esta partida entrou para a história por ter tido o maior público da história do futsal
[15] .
| "Foi uma experiência bacana. Fui campeão paulista e da Libertadores, mas por opção, por não estar jogando e pelas propostas para voltar pro futsal, acabei retornando. Não me arrependo. Tinha tudo para dar certo, mas eu sou muito bem resolvido quanto a isso. Tive um contrato de 3 anos na mesa para assinar, mas eu abri mão para fazer o que eu acho que nasci para fazer que é jogar futsal".[16] |
— Falcão, em uma entrevista dada ao programa "Agora é Tarde", da TV Bandeirantes, em 2012
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Em 1991, no período em que passou pela base da equipe de Futsal do Corinthians - onde jogou por cinco anos - Falcão passou sete vezes pelo futebol de campo, onde ficava dois ou três meses e acabava voltando ao futsal, sua verdadeira paixão
[9] .
Em 2001, com 23 anos, a pedido de
Ademir da Guia, que o indicou para a diretoria do Palmeiras, Falcão foi aceito para um período de testes. Após alguns treinamentos, ele atuou durante 59 minutos, até sair de campo com cãibras, do jogo-treino em que o Palmeiras foi derrotado por 2x1 para o
Flamengo de Guarulhos[17] . No primeiro dos dois tempos de 35 minutos, Falcão atuou no ataque, pelo lado esquerdo. De costas para os zagueiros, o jogador pouco apareceu. Pegou dez vezes na bola, deu oito passes certos e foi desarmado em duas oportunidades. Na segunda etapa, Falcão passou a atuar como meia-esquerda e seu desempenho foi muito melhor. Além de ter feito o gol do Palmeiras, o jogador se movimentou bastante, criou jogadas e deu dribles desconcertantes nos adversários
[18] . Depois, ele participou de mais um jogo teste, no qual marcou mais 1 gol. Apesar dos elogios dos jogadores e do coordenador de futebol do clube, Falcão não chegou a receber uma resposta concreta do clube
[19] , que pediu mais tempo para sua adaptação aos gramados
[20] . Assim, o atleta retornou ao clube de Futsal do Banespa, com o qual tinha vínculo, à época
[19] .
Em 2002, foi a vez de tentar a sorte na Portuguesa de Desportos, mas acabou não dando certo. O jogador alegou “ciumeira” por parte de dirigentes que não o queriam lá e acabou deixando o clube
[21] .
Em 2005, através de um plano ousado de marketing da diretoria tricolor, Falcão foi contratado pelo então presidente do São Paulo,
Marcelo Portugal Gouvêa, que o contratou mesmo sem o aval do treinador
Émerson Leão.
Falcão fez sua estréia no
futebol de campo no dia 20 de janeiro de 2005 (exatamente um ano depois da morte de seu pai, cujo sonho sempre foi ver o filho jogando futebol de campo). O São Paulo vencia o Ituano, pela primeira rodada do Campeonato Paulista, por 3 a 1, quando o treinador
Emerson Leão colocou Falcão em campo no lugar de
Diego Tardelli. Em apenas oito minutos em campo, Falcão aprontou algumas: Seu primeiro toque na bola foi um lindo passe, de primeira, para
Grafite ficar cara a cara com o gol, e perder um gol feito. Em seguida, um toque de calcanhar. Depois, quase marcou um golaço em chute da entrada da área - o goleiro André Luis defendeu
[22] .
A única partida como titular veio em 17 de abril, contra o Mogi Mirim. Começou jogando no ataque, ao lado de Grafite, mas saiu no intervalo para a entrada de Vélber
[22] . Por sinal, esta foi sua última partida como atleta do São Paulo.
Porém, sua passagem pelo campo foi breve. Apesar de ter atuado apenas 13 vezes com a camisa tricolor, e de ter ficado pouco mais de 6 meses no clube, seu nome consta nos registros como campeão paulista e campeão da
Copa Libertadores daquele ano.
Após deixar o
São Paulo, Falcão convocou uma coletiva em um bar no bairro de Santana, na Zona Norte de São Paulo. Criticou asperamente Émerson Leão. Em uma de suas colocações, afirmou que às vezes o técnico é "paizão" e defende o jogador na imprensa, mas cobra no vestiário. No seu caso, isso não ocorreu. Cobrou-se na imprensa e no vestiário não se falou nada. No entanto, elogiou a postura da direção do clube, que chegou até a lhe propor a renovação de contrato por mais dois anos
[23]